Pesquisar neste blogue

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Biografia de Ian Stevenson


Ian Stevenson cresceu em Ottawa, onde seu pai era o correspondente canadense para o New York Times. Sua mãe, por sua vez, fez com que Stevenson se interessasse por Teosofia. Estudou na Universidade de St. Andrews, na Escócia, e na Universidade McGill, em Montreal, onde graduou-se em 1942 e especializou-se em 1943, sendo o primeiro de sua classe.[4] Nos anos de 1950, inspirado por um encontro com Aldous Huxley, tornou-se um pioneiro no estudo médico sobre os efeitos do LSD.[5]

Em 1957 Stevenson foi nomeado chefe do Departamento de Psiquiatria e Ciências Neurocomportamentais da Universidade da Virgínia. A sua principal pesquisa incluía doenças psicossomáticas, compêndios sobre pacientes entrevistados e exames psiquiátricos.[6]

Em 1958 e 1959, Stevenson escreveu ativamente na conceituada revista Haper, incluindo temas como doenças psicossomáticas e percepção extra-sensorial, e em 1958, foi o vencedor em uma competição de ensaios sobre fenômenos paranormais e vida após a morte promovida pela organização parapsicológica American Society for Psychical Research, em homenagem a um dos pioneiros da área, William James (1842-1910). A partir daí Stevenson se aprofundou muito mais nos fenômenos paranormais, se tornando o fundador da moderna pesquisa científica a respeito da reencarnação e ficando famoso por recolher e analisar meticulosamente casos de crianças as quais pareciam lembrar de vidas passadas sem o auxílio da hipnose. Após a publicação de seu primeiro ensaio sobre reencarnação em 1966, o inventor da fotocopiadora, Chester Carlson, custeou as suas primeiras visitas de campo à Índia e ao Sri Lanka. Quando Carlson faleceu (1968), legou um milhão de dólares para manter uma cadeira na Universidade da Virgínia, e mais um milhão de dólares para o próprio Stevenson, com o intuito de que a pesquisa sobre a reencarnação não parasse. O trabalho de pesquisa sobre reencarnação realizado pelo psiquiatra também recebeu significativo apoio financeiro de Eileen J. Garrett (1893-1970), um dos fundadores da Parapsychological Fundation.[7] [5]

Setor de estudos da personalidade Editar
Em 1967, Stevenson foi escolhido como Diretor do Setor de Estudos da Personalidade (posteriormente recebendo o nome de "Setor de Estudos da Percepção"), que funciona ainda hoje com objetivo de realizar investigação de fenômenos paranormais através de métodos científicos.[8]

Stevenson continuou a administrar pesquisa de campo adicional sobre reencarnação na África, Alasca, Colúmbia Britânica, Birmânia, Índia, América do Sul, Líbano, Turquia e muitas outras localidades. As crianças estudadas normalmente se lembravam de suas experiências passadas entre os dois e os seus quatro anos de idade, mas pareciam esquecê-las por volta dos sete ou oito anos. Em seus relatos, mencionavam frequentemente terem morrido de forma violenta e, além disso, as lembranças de como haviam morrido eram aparentemente claras.[5] Stevenson também reuniu testemunhos, assim como registros médicos contendo informação a respeito de sinais de nascença, defeitos de nascimento e outras evidências físicas de reencarnação.[9]

Stevenson publicou apenas para as comunidades científica e acadêmica, e seus mais de 200 artigos e vários livros - trazendo ricos detalhes de pesquisa e argumentos acadêmicos - podem ser técnicos demais para um público leigo. Sua pesquisa, com mais de 3.000 estudos de casos, fornece evidências discutidas por Stevenson, apoiando a possibilidade de reencarnação, apesar de ele mesmo ter sido sempre muito cauteloso ao se referir a elas como "casos sugestivos de reencarnação" ou "casos do tipo de reencarnações".[10] [4]

Alguns de sua área questionaram a metodologia e a objetividade de Stevenson em tecer conclusões a partir de suas pesquisas.[11] [12] O próprio Stevenson reconheceu uma limitação em seu argumento sobre reencarnação, a qual Tom Shroder, editor do Washington Post, chamou de "erro fatal": a ausência de qualquer evidência de um processo físico, pelo qual uma personalidade poderia sobreviver à morte e se transferir para outro corpo.

Aposentadoria Editar
Stevenson aposentou-se em 2002, deixando o seu trabalho para sucessores, dirigidos pelo Dr. Bruce Greyson. Dr. Jim Tucker, um psiquiatra infantil, continua com trabalho de Ian Stevenson com crianças, concentrando-se em casos norte-americanos.[4]

Stevenson casou-se com Margaret Pertzoff em 1985. A sua ex-mulher, Octavia Reynolds, morreu em 1983. Stevenson morreu de pneumonia na comunidade para aposentados de Blue Ridge em Charlottesville, na Virginia.[4]

Publicações Editar

Livros Editar
Twenty Cases Suggestive of Reincarnation. (1966). (Second revised and enlarged edition 1974), University of Virginia Press, ISBN 0813908728
Cases of the Reincarnation Type Vol. I: Ten Cases in India, (1975). University of Virginia Press.
Cases of the Reincarnation Type Vol. II: Ten Cases in Sri Lanka. (1978). University of Virginia Press.
Cases of the Reincarnation Type Vol. III: Twelve Cases in Lebanon and Turkey. (1980). University of Virginia Press.
Cases of the Reincarnation Type Vol. IV: Twelve Cases in Thailand and Burma. (1983). University of Virginia Press.
Unlearned Language: New Studies in Xenoglossy. (1984). University of Virginia Press, ISBN 0813909945
Reincarnation and Biology: A Contribution to the Etiology of Birthmarks and Birth Defects Volume 1: Birthmarks and Reincarnation and Biology: A Contribution to the Etiology of Birthmarks and Birth Defects Volume 2: Birth Defects and Other Anomalies. (1997). (2 volumes), Praeger Publishers, ISBN 0-275-95282-7
Where Reincarnation and Biology Intersect. (1997). Praeger Publishers, ISBN 0-275-95282-7 . (A short and non-technical version of the scientific two-volumes work, for the general reader)
Children Who Remember Previous Lives: A Quest of Reincarnation. (2001). McFarland & Company, ISBN 0-7864-0913-4 , (A general non-technical introduction into reincarnation-research)
European Cases of the Reincarnation Type. (2003). McFarland & Company, ISBN 0786414588

Sem comentários:

Enviar um comentário